Inovação na construção: Conheça 10 novos materiais que podem mudar a maneira como construímos
Cânhamo, bioplástico e fungos estão entre as descobertas inovadoras que prometem mais desempenho com menos impactos ambientais.
Recentemente vimos que o cânhamo pode ser usado para reforçar o concreto em uma solução barata e com baixo teor de carbono. Na verdade, esta é apenas uma das inúmeras frentes de pesquisa que devem inovar e ampliar o leque de opções de materiais de construção. Nesse sentido, pensando em desempenho e, ao mesmo tempo, em reduzir os impactos ambientais gerados pela construção civil, as novidades são promissoras e podem mexer com o mercado já nos próximos anos.
Na lista estão desde materiais naturais, como micélio e papel, até sintéticos como fibra de carbono e plásticos de alto desempenho. Confira a seguir!
1. Revestimento Biochar
A start-up alemã Made of Air produz bioplástico a partir de resíduos florestais e agrícolas que sequestram carbono e podem ser usados para fazer objetos, incluindo revestimentos. Em 2021, painéis hexagonais apelidados de HexChar foram instalados pela primeira vez em uma concessionária Audi, na cidade de Munique.
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2. Concreto reforçado com fibra de carbono
Este tipo de concreto recém-desenvolvido é reforçado com fios de fibra de carbono. Portanto, é necessário muito menos concreto para uma estrutura com a mesma resistência. Pesquisadores da Universidade Técnica de Dresden estão trabalhando com o escritório de arquitetura alemão Henn para criar o edifício feito desse “concreto de carbono”, que será chamado de The Cube.
3. Plástico superforte
Inventado por engenheiros químicos do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, o 2DPA-1 é leve e moldável como todos os plásticos, sendo duas vezes mais forte que o aço.
Sintetizado através de um novo processo de polimerização, a ideia é usá-lo como um revestimento ultrafino para aumentar a durabilidade dos objetos. Mas, no futuro, espera-se que ele também possa ser desenvolvido para ser aplicado como um material de reforço estrutural em edifícios.
4. Micélio impresso em 3D
Na construção, existem muitas maneiras de usar o micélio, que é a parte ramificada e vegetativa de um fungo. Uma delas é o método de impressão 3D do Blast Studio: uma coluna de dois metros de altura que pode ser usada como um elemento arquitetônico de suporte de carga. Detalhe: também produz uma colheita de cogumelos.
5. Vergalhão de cânhamo
Feito de uma das plantas mais sequestradoras de carbono do mundo, o vergalhão de cânhamo está atualmente em desenvolvimento no Instituto Politécnico Rensselaer, nos EUA. A ideia é que o material seja uma alternativa ao vergalhão de aço padrão, mas com baixo custo e também baixo teor de carbono.
6. Carbicrete sequestrante de carbono
A empresa canadense Carbicrete desenvolveu um método para sequestrar carbono em concreto, alegando que seu produto captura mais carbono do que emite. Em vez de cimento à base de cálcio, que é altamente emissor de CO2, o Carbicrete conta com escória de resíduos da indústria siderúrgica, além de carbono capturado de plantas industriais. Tem sido usado para fazer unidades de alvenaria de concreto e painéis pré-fabricados.
7. Tijolos de resíduos de construção K-Briq
Criado pela professora de engenharia Gabriela Medero na Universidade Heriot-Watt, de Edimburgo, o tijolo K-Briq foi lançado pela startup Kenoteq. Sua composição leva 90% de resíduos de construção e o material não é queimado. Por isso, é uma alternativa de baixo carbono aos tijolos regulares. O material já está disponível para encomenda em cores padrão ou sob medida.
8. Aglomerado de cascas de batata
Os designers londrinos Rowan Minkley e Robert Nicoll criaram esta alternativa ecológica para materiais de uso único, como MDF e aglomerado. Chamado de Chip[s] Board, ele é criado a partir de cascas de batata e feito sem formaldeído ou outras resinas tóxicas, podendo ser usado como material de construção.
9. Tijolos de bucha de carvão verde
Projetados por pesquisadores da Escola Indiana de Design e Inovação em Mumbai, esses biotijolos são feitos de terra, cimento, carvão e fibras orgânicas de bucha natural (a planta usada como esponjas de banho).
Suas lacunas naturais na rede fibrosa da bucha permitem que os tijolos funcionem como um lar para a vida animal e vegetal, aumentando a biodiversidade das cidades.
10. Placa de construção de papel usado
A placa de construção da Honext é feita de papel que já passou por vários ciclos de reutilização. Assim, as fibras de celulose restantes são muito curtas para serem unidas e transformadas em papel novamente. A empresa mistura os resíduos de fibras de celulose com água e enzimas para fazer as placas, que podem ser usadas em divisórias ou revestimentos internos.
Fontes: Dezeen e Terra